Este poster para as paredes lá de casa. Mas está difícil.
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
A lista
Quando se acaba uma relação, um dos consolos é achar que se
aprendeu alguma coisa com isso. Eu pelo menos gosto de pensar assim, em vez de
perder a minha fé nos homens e jurar para nunca mais e tornar-me uma carmelita
descalça. Mas a verdade é que também não sou uma pessoa tão racional como isso,
e aquilo com que acabo na maior parte das vezes é uma lista. Uma lista das
coisas que quero (e que não quero) que é a minha tábua de salvação até aparecer
alguém com o poder de me fazer cair para o lado e deitar essa lista aos céus
como uma valente rabanada de vento. Nesta fase, essa minha lista está em
construção e tenho a sensação de que se conhecer alguém e tiver algum primeiro
encontro, levo o blocozinho de folhas amarelas com uma bic presa por um cordel,
como nas repartições de finanças, e dou início ao meu inquérito. Não gosta de
praia? Não interessa. Tem medo de cães? Risca. É pessimista? Idem. Não olha
para trás ao menos uma vez depois de se despedir? Pode ir andando.
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
zzzzz
Tiram-se três letrinhas ao za za zu e é isto. Em vez de borboletas, mosquitos parados e aborrecidos como dentro de uma garrafa. Uma pasmaceira.
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Era só o que me faltava
Agora deu-me para ter borbulhas. Dizem que deve ser do stress (ou será da melga que anda há dias a rondar-me no trabalho?) mas era mesmo disto que eu estava a precisar: problemas de gente crescida numa pele de 13.
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Hoje não estou grande coisa
Depois de perceber que não vou poder comprar as cadeiras que tanto queria, que vou ter de me sentar para sempre nos bancos pretos e duros que nem sequer são meus, que me esqueci do livro que estou a ler na secretária logo quando me estava a apetecer ler um capítulo, que gosto mesmo de cães mas não vou voltar a ter um tão cedo, que ainda me faltam escrever mil textos para acabar um trabalho que nunca mais acaba, que nenhum cão é a minha cadela por mais fofinho e divertido que seja, que os rapazes são giros, raios, e eu consigo escolher sempre os complicados, e que agora chove na minha cozinha, perdi cinco euros. Foi coisa aí de uns cinco minutos e ainda estou para perceber como é que uma nota consegue desaparecer com tanta rapidez de um bolso mais apertado do que uma touca da natação. E pensar que me levantei hoje mais cedo e tudo, para ter um dia tão espectacular. Mais valia porem-me a nuvenzinha de chuva em cima da cabeça de uma vez e pronto, eu já sabia.
Sempre tive um fraquinho por manjericos
E agora descobri que tenho umas grandes palpitações pela Manjerica, uma marca nova, portuguesa, que faz estas malas maravilhosas.
Palpita coração, palpita.
Palpita coração, palpita.
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Há quem discuta a custódia dos filhos...
Nós lá em casa discutimos a custódia da box do Meo. Onde estão aí umas três temporadas do How I Met Your Mother à minha espera, todos os episódios do 30 Minute Meals do Jamie Oliver, a minha nova série adorada, Downton Abbey, uma meia dúzia dos clássicos da Dois que passam ao sábado à noite, as receitas da Sophie Dahl... e eu sei lá mais quantos filmes. O pior disto tudo é que não vai dar para fazer uma custódia partilhada e adoptar o esquema dos fins-de-semana e do toma-lá-a-box-no-Natal-que-eu-fico-com-ela-no-ano-novo.
É surreal, eu sei. Mas é sobretudo uma grande chatice.
É surreal, eu sei. Mas é sobretudo uma grande chatice.
domingo, 6 de novembro de 2011
Chegou aquela altura do ano em que me sinto mesmo sexy
Robe polar, pantufas da Kitty, e as calças do pijama entaladas nas meias de lã.
sábado, 5 de novembro de 2011
Entretanto...
Obrigada à Miss Glitering por estas palavras. Completamente inesperadas. E tão, tão boas.
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
As fotografias da Frida Kahlo
Se há figura do século XX pela qual tenho um absoluto fascínio, é a Frida Kahlo. Não me canso de ler sobre a sua história, não me canso de ver os quadros, e hoje abriu no Museu da Cidade uma exposição onde me vão apanhar caidinha na certa, com mais de 250 fotografias dela.
Ontem à noite, a pensar nisto, fui pegar no maravilhoso livro da Alexandra Lucas Coelho, Viva México, e reler a parte sobre a Casa Azul, onde Frida viveu, pintou e esteve presa a uma cama durante tantos anos. E por mais que leia, por mais filmes que façam, é sempre inacreditável o que esta mulher sofreu e como transformou isso em arte de uma forma tão hipnotizante.
Começou tudo logo na infância, Frida foi sempre diferente dos outros, para o bem e para o mal. Logo em pequena teve poliomelite e ficou com uma perna atrofiada. Com aquela crueldade típica das crianças, ganhou a alcunha de “Frida perna-de-pau”, até estar envolvida num mega acidente, aos 18 anos. Como conta a Alexandra Lucas Coelho no tal livro Viva México, tinha apanhado um autocarro para o centro da cidade quando um eléctrico o esmagou contra a parede. “Um corrimão de aço entrou pela anca de Frida e saiu pela vagina, partindo-lhe a coluna pelo caminho. E como tudo isto aconteceu no México, o seu corpo foi coberto por ouro em pó, porque o impacto apanhou um restaurador a caminho do trabalho.” Seguiram-se 35 operações à coluna, vários abortos, a impossibilidade de ter filhos, a amputação dos dedos do pé e depois da perna. Pelo meio, Frida nunca deixou de pintar, e pintou aquilo que sofria, presa a uma cama, “com a cabeça presa por faixas e cabos”.
Quando Frida morreu, o seu marido Diego Rivera guardou todos os seus objectos na casa de banho da Casa Azul (a casa onde viviam e que é hoje uma casa museu), e “deixou indicações para que não fosse aberta antes de passarem 15 anos sobre a sua morte”. Aqui, toda esta história ganha contornos ainda mais irreais, porque a responsável pelo espólio nunca quis abrir a tal casa de banho e passaram-se 50 anos assim. Só em Abril de 2004 é que os novos responsáveis pelo espólio decidiram lá entrar. Encontraram próteses, roupas – há um livro que deve ser maravilhoso só sobre o roupeiro de Frida Kahlo – e mais de seis mil fotografias que a pintora foi tirando ao longo da vida.
São precisamente 257 dessas imagens que estão a partir de hoje em Lisboa. É a primeira vez que saem do México. E eu estou tão mas tão caidinha em frente a elas já este fim-de-semana. Ai se estou.
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Ainda bem que eu não era má de todo a matemática
Entre pagar a prestação da casa, o seguro de vida, o seguro
de saúde, o crédito da cozinha, as facturas da EPAL, do Meo, do gás e da
electricidade, completamente sozinha, vou ter que fazer muitas continhas nos
tempos que se avizinham. Estou a pensar até ir rever as regras de trignometria
que dei no 9º ano e que nunca percebi, a ver se ajuda. Vale tudo.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Gosto de moda, gosto de livros
Parece-me portanto que já era mais do que tempo de ter uma mala da Olympia Le-Tan. Podia ser já esta do Drácula ou um Nabokovzinho.
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Acho que sou mesmo um cão pastor (mas muito prendado)
Hoje foi o primeiro dia pós-"divórcio" que resolvi ficar em casa e não sair para me distrair com o mundo. Vai daí, toca de aspirar, limpar o pó, passar a ferro, organizar pastas, fazer o almoço, pôr livros por ordem alfabética e até recortar receitas. Às seis da tarde, dei por mim a ponderar fazer bolachas no forno, coisa que nunca fiz na vida e que só continuo sem nunca ter feito porque me faltam na despensa ingredientes essenciais como amido e açúcar baunilhado. Mais uns dias assim e isto já nem sou eu naquela-hiperactividade-a-ver-se-não-me-cai-a-ficha. Mais uns dias assim e isto sou eu como uma perfeita Martha Stewart. Uma rapariga prendada, um (ainda) melhor partido.
Ora toma.
Ora toma.
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