segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Despojos de guerra

Tenho saudades do tempo em que acabar um namoro era arrancar fotografias das paredes do quarto, apagar mensagens do telemóvel, chorar muito e guardar todas as cartas, cartões e CDs gravados numa caixa, no fundo da gaveta. Agora, acabar um namoro com alguém com quem se vive (e com quem até se comprou uma casa) é tirar fotografias das molduras, apagar mensagens do telemóvel e guardar as cartas no fundo da gaveta, mas também fazer contas, ir assinar papéis ao notário, dividir móveis e quadros e talheres, pôr um anel onde estava a aliança de namoro, para não se ver a marca e não se sentir a falta de qualquer coisa em que mexer quando um texto vai a meio e a inspiração não há maneira de chegar, abrir outra conta no banco, fazer mais uma transferência, mudar o contrato da água e da electricidade, ir ao banco mais uma vez e começar a pensar como é que se vai encher as prateleiras e as paredes que vão ficar vazias quando tudo acabar de sair. É suposto ser esta a diferença entre ser-se adulto ou adolescente. Mas de repente, a mim só me parece que o amor se torna tão maduro e tão crescido que passa a ser muito menos apaixonado e mais como uma espécie de contrato que expirou, mais um número no meio de tantos outros. É que no meio de tantas contas e de tanta papelada, uma pessoa quase se esquece daquela parte de chorar muito e jurar que nunca mais vai querer saber de um ser humano à face da terra. Ou então sou só eu, que sou como aqueles cães pastores que estão felizes enquanto tiverem uma tarefa para fazer mas dão em doidos quando tudo pára e as coisas batem a sério.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Ando um bocado obcecada por decoração

E assim de repente, o novo catálogo da Area podia ir todo lá para casa. A começar por esta mini-secretária e esta cadeira vermelha da imagem, que iam ficar tão lindas no meu escritório (e sempre são um desejo mais realista na minha hiper - hiper - contenção actual).

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Senhores, um pouco mais de imaginação, sim?

Parece que a moda das sequelas chegou ao cinema. E não é só das sequelas. É das prequelas, dos remakes, das adaptações, tudo o que tenha a ver com um produto já feito, seguro e que não implica muita criatividade. É claro que há excepções - Toy Story 3, estarás para sempre no meu coração - mas um bocadinho de imaginação não fazia mal a ninguém. É que acabei de ler que vão fazer uma prequela sobre a vida do Gepeto antes de construir o Pinóquio. Do Gepeto. A sério. Só me resta perguntar: e a seguir? Fazem a prequela do Pinóquio quando ainda era só um tronco de madeira num bosque?

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Caramba

Chega a chuva e com ela as tradicionais dores de garganta. Se me aparece mais alguém a dizer "que bom que o Outono chegou, já não podia mais com o sol e o calor", atiro-lhe com um espirro. E uma borrifadela de Locabiosol para cima.

sábado, 22 de outubro de 2011

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Num mundo perfeito…

…eu tinha agora uma limousine à porta do trabalho para me levar até casa enquanto alguém me fazia uma massagem e encomendava o meu jantar preferido. Como este mundo não é perfeito (e só se fala de cortes nos salários e mais impostos e o dinheiro a esfumar-se como pão atirado a pombos), vou apanhar o autocarro. E rezar para que o arrumador que cheira mal e que às vezes também vai a esta hora não se sente no banco ao lado.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

As razões do meu silêncio

Não, não estou fechada em casa com uma caixa de lenços de papel e a ouvir o "All by myself" em repeat. Este blog anda outra vez mal tratado e raramente actualizado porque ando a trabalhar que nem uma doida. Dizem que é bom para as depressões amorosas - e deve ser, porque a verdade é que a tristeza se foi faz hoje uma semana e meia (sim, eu contei) - mas hoje juro que quando o despertador tocou me senti como aqueles desenhos animados enfiados no colchão, tão pesada e tão sem forças que ainda é um mistério como é que consegui sair da cama e como é que não ficou lá a minha marca, tipo cadáver desenhado a giz no CSI.
Mas vai melhorar, eu prometo. Há coisa de um mês prometi a mim mesma seguir uma nova máxima a que chamo "a máxima dos mais": arranjar mais tempo, divertir-me mais e fazer mais coisas de que gosto. Este blog é uma das coisas de que gosto, por isso não desistam de mim que eu volto.

domingo, 9 de outubro de 2011

Para quê pensar em castanhas assadas quando se tem isto?

Cinco mergulhos daqueles de ficar a boiar no mar (que eu tenha contado).
Horas e horas a torrar ao sol.
Uma caminhada madrugadora à beira-mar.
E até golfinhos na água.

Foi um belo dia de Outono, sim senhor.

sábado, 1 de outubro de 2011

Do que eu estava mesmo a precisar era disto

Dançar toda a noite com as amigas.
Dançar tanto que ainda tenho os pés em forma de sapato.
E hoje há mais.
E desta vez vou de ténis.

Segurem-me.