quinta-feira, 6 de março de 2008

Meo

Hoje vieram instalar o Meo cá a casa. É um longo processo. São muitos fios, muito cabo, muito arrastar de móveis, muito pó, muito parafuso, muito suspiro do técnico. Uma caixinha lá fora para o sinal não sei de quê, uma extensão cá dentro para comunicar com a caixinha lá de fora, um router num canto da sala, uma box no outro. Ao início da tarde a cadela a ladrar, a uivar e a rosnar sempre que o técnico mudava de divisão. Ao final da noite o senhor a ver o prolongamento e os penaltis do Porto connosco, e até a trincar um bolinho.
E eu o tempo todo a pensar: às dez e meia tem de estar tudo a funcionar para eu ver o Dexter, às dez e meia tem de estar tudo a funcionar para eu ver o Dexter, às dez e meia tem de estar tudo a funcionar para eu ver o Dexter, ...
Mas o momento alto de toda a operação foi quando o técnico quis testar o sinal do telefone e deu por si a olhar para uma Hello Kitty cor de rosa em cima de um móvel, e a perguntar, de ar incrédulo e dedinho tímido em riste: "o telefone é... esta... coisinha?"
É. Somos duas mulheres adultas cá em casa e o telefone é uma Kitty do tamanho de um frasco de compota, uma Kitty vestida de cor de rosa e que se abre ao meio para falar. Foi o único telefone que sobreviveu a uma descarga de electricidade, os que usávamos eram outros - respeitáveis, cinzentos, portáteis - mas claro que o senhor não sabe disto.
E parece-me que "coisinha" é uma forma simpática de nos chamar loucas e pirosonas.

2 comentários:

Anónimo disse...

és muita pirosa!!!! :) mas linda
S.

Anónimo disse...

É a coisinha mais LIIIIINDA!! Quero roubar e mandar às urtigas o pseudo-fax/telefone que não serve nem para uma coisa nem para outra...

*mimitooooo*