sábado, 28 de julho de 2012

Moonrise Kingdom

Um belo filme sobre o primeiro amor, com dois miúdos de 12 anos que fogem de casa nos anos 60 e que está cheio de referências à Nouvelle Vague (e tem uma bonita canção da Françoise Hardi). Estava a vê-lo esta semana e a pensar que é uma espécie de versão luminosa do Pierrot le Fou, um dos meus filmes favoritos de todo o sempre. Se tiverem oportunidade de ir vê-lo ao cinema, é ir a correr.

Da estupidez

Devia haver uma explicação para a estupidez humana, ou para a minha estupidez, pelo menos. Imaginemos que temos dois caminhos: um é mais fácil, mais bonito, está ali, disponível, com a estrada bem aberta e nenhum obstáculo à vista; o outro é misterioso, difícil, uma incógnita, implica conquista, um desafio. Podemos ir até pelo primeiro, resolvidos ao menos uma vez na vida a procurar algo que nos faça bem, que seja positivo e fácil, um caminho tranquilo para variar um bocadinho, mas damos por nós a olhar por cima do ombro e a pensar como é que seria o outro – será que era assim mesmo tão difícil? –, e o outro não nos sai da cabeça, os pés andam para um lado mas há qualquer coisa que parece que está sempre noutro sítio e que ainda consegue pensar que difícil não é impossível.

Alguém me explique porque é que as coisas complicadas parecem sempre tão mais atraentes. Ou serei só eu que ainda não aprendi?

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Como a Ali Smith diria:

"É estranho como não conhecemos uma pessoa e ao mesmo tempo sabemos que ela é completamente diferente das outras."

"Qualquer Coisa Como", Ali Smith (Quetzal)

domingo, 22 de julho de 2012

Posso ao menos dizer que...

Nunca mais duvido do Paulo Cardoso e dos horóscopos do Paulo Cardoso, que no livro das previsões amorosas para 2012 me encheu o ano de corações a partir de Julho.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Nem de propósito...

... uma amiga de infância descobriu-me no Facebook e mandou-me uma mensagem ao fim destes anos todos. Estou em modo rádio nostalgia, está visto.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

A culpa foi dos calções

Sábado à noite, para uma das tais despedidas de solteira, resolvi experimentar uns calções de ganga lindos da Diesel que estavam no meu armário há décadas (e quando digo há décadas era mesmo há décadas, que lembro-me que o meu pai mos comprou quando eu tinha uns 11, 12 anos, e se eu já tenho 29 é fazer as contas, como dizia o outro). Contente, devo dizer mesmo radiante de ver que ainda me serviam e que as caminhadas diárias andam mesmo a fazer efeito, lá fui eu passeá-los com as amigas para uma noite só de miúdas daquelas que acabam já de manhã, com o sol lá no alto. Eu não sei se foi dos calções, se foi do sítio que escolhemos, mas a verdade é que encontrei pessoas que já não via há anos e anos, incluindo um dos meus primeiros namorados, uma velha paixão dos "sweet sixteen", essa bela idade. Depois lá para as sete da manhã passou Blink – “What’s my age again?”, muito apropriado, não só por ser uma canção dessa altura mas pelo título, claro – e eu dei por mim a pensar como é tão fácil entrar no velho comboio das recordações e de repente passar o tempo a olhar para trás, como uma coruja. A diferença, lá está, é que agora tenho 29 e já ganhei alguma sabedoria. Sei, por exemplo, que escuso de tentar que o meu pescoço vire a 180º, porque já sei que não vira. E antes de me pôr a olhar para trás, já decidi uma coisa: pelo sim pelo não, os calções voltam outra vez para o armário.

domingo, 8 de julho de 2012

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Desencontros ou dioptrias?

No mesmo dia, duas pessoas diferentes dizem-me que vão ter de se afastar de alguém porque se estavam a apaixonar e esse alguém só as via como amigos. E eu pergunto-me: o cabrãozinho do Cupido ainda não viu que precisa de óculos?

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Copeland #5 (ou como às vezes é preciso uma mulher ter tomates)

"I could leave you walk away
we'll save it for another day
through all the wars I've come to know
it's punches pulled, not towels thrown in"

Hoje dei o meu último soco. Vamos lá ver é se não sou eu a ir parar ao chão.

quarta-feira, 4 de julho de 2012