sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Devo ter sido um estrumpfe numa outra vida

De há uns anos para cá, o azul forte tornou-se na minha nova cor favorita. E agora a Asics lembrou-se de fazer uns ténis para me arruinar: os Gel Saga II “Mazarine Blue” desenhados por Ronnie Fieg. Estes meninos da imagem (suspiro...)


quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O balanço do ano

Geralmente não sou pessoa de balanços. Não salto de alegria quando os jornais resolvem passar em revista os 12 meses do ano e não dou por mim a percorrer as páginas da agenda com um ar saudosista e a apontar para os rabiscos que o mais certo é já não conseguir ler por esta altura. Mas este ano, não sei porquê, sinto uma certa necessidade de arrumar o que me aconteceu. Se calhar porque o que me aconteceu foi lixado, para usar uma palavra que nunca uso, e 2011 foi um ano lixado, assim no geral. Mas sobretudo porque foi o ano que começou comigo a achar que tinha tudo mas que acabou comigo a sentar-me uma noite no sofá e a perceber que a minha vida tinha de mudar. Assim, como vemos nos livros e nos filmes, mas na vida real. A chamada epifania, que para mim era só uma palavra cara e passou a ser de facto um sentimento, uma revelação que eu nunca tinha tido assim, desta maneira. Porque 2011 começou por ser o ano de todas as expectativas – um novo desafio no trabalho, um novo passo na relação, uma nova casa – mas acabou por ser o ano em que percebi que não vou ser nova para sempre e que não posso ter para sempre este feitio de deixa andar, penso amanhã nas coisas que me chateiam e deixam triste. De repente, dei por mim com medo de me tornar numa daquelas mulheres que olham para trás aos 50 anos e se arrependem de tudo o que não fizeram na vida e daquela vez em que não saíram porta fora à espera que fosse melhor, uma daquelas mulheres que eu não quero ser. E senti-me assim um bocadinho, aos 28 anos, presa não sei muito bem a quê e a fazer contas e a pensar em papéis e em dinheiro antes de pensar no que é realmente importante. Fazendo um balanço, o tal balanço, acho que a maior lição deste ano foi ter percebido que o medo da solidão pode ser um mau conselheiro e impedir-nos de ver coisas que não queremos ver. Ou então, que o amor é como as plantas e as ervas aromáticas que tenho na varanda – se não se cuidar morre, e é preciso calçar as luvas e ter a coragem de ver que morreu mesmo quando até fizemos tudo para que se mantivesse vivo. O amor que eu tinha morreu em 2011, e acho que isso era suficiente para ter feito deste ano uma bela merda, um fracasso para riscar no calendário. Mas depois houve também o dia igual ao da revelação no sofá, em que de repente acordei e me senti estupidamente orgulhosa de mim própria. E o dia completamente inesperado em que alguém me relembrou que até quando o coração parece uma passa ressequida pode voltar a latejar na cabeça mais alto do que um bombo numa manifestação. Agora sou só eu mas alguma coisa me diz que 2012 é que vai ser.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

As maravilhas das lojas de bairro

Descobri numa loja ao pé de casa, daquelas que têm caixas até ao tecto e cartolinas com promoções escritas a caneta de feltro, umas collants pretas que parecem collants por fora mas são polares por dentro. Entretanto vesti-as e isto é tão maravilhoso que me pergunto se parecerá muito mal ir lá outra vez encomendar um fato inteiro neste material e passar o resto do inverno vestida assim, tipo Catwoman.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Agora a sério

Acho que já tinha a decisão tomada quando, há um mês, tive de comprar um aspirador novo e escolhi um próprio para quem tem animais de estimação em casa.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

domingo, 11 de dezembro de 2011

Ter ou não ter um gato, eis a questão

Para aí desde que me lembro, sempre tive animais de estimação. Pêlos na roupa, fios puxados, cocós para apanhar, tudo isso fez parte do meu crescimento e tornou-me um bocadinho na pessoa que sou hoje (tirando a parte de ser veterinária, ideia que ainda cheguei a ponderar do alto dos meus oito anos mas que rapidamente abandonei quando percebi que tenho mais medo de agulhas do que de pistolas e que a mínima gota de sangue é coisa para me pôr a dormir durante umas horas). Adiante. Há três anos, ganhei dois gatos como enteados – eram os gatos do meu então príncipe encantado e agora ex-namorado – ao mesmo tempo que deixava a minha gata/da minha mãe ficar na casa que sempre tinha conhecido. Pelo meio perdi a minha cadela e embarquei na árdua tarefa de educar dois felinos – que toda a gente sabe que não se educam – a serem menos selvagens e a descobrirem os prazeres de dormir no colo e essas coisas todas. De missão quase cumprida, agora dou por mim a dois dias de ficar sem saber o que isso é: pêlos na roupa, fios puxados, cocós para apanhar, e todas as outras coisas boas que é ter uma sombra de quatro patas para todo o lado e uma barriga para coçar nas alturas boas e más. Porque os gatos vão com ele, claro. Mais domesticados, mas vão embora. E eu ainda nem tenho a casa vazia e já dou por mim com a angústia de não ter um bicho qualquer a fazer-me companhia e a levantar-se de manhã ao som do despertador com a energia toda enquanto eu penso “só mais um bocadinhoooooo” e pergunto com os meus botões porque é que não me lembrei de instalar uma passadeira rolante da cama para a casa de banho quando fiz as obras cá em casa. Adiante (hoje estou para divagar, deve ser de ser domingo). Nos últimos dias tenho pensado muito em como resolver esta angústia. Já pensei que o que eu gostava mesmo era de ter um cão outra vez, mas não tenho condições para isso neste momento. Entre pagar um dinheirão que não tenho pelas vacinas mês a mês e deixá-lo quase todo o dia sozinho a roer-me os móveis novos, a racionalidade abateu-se sobre mim e desisti rapidamente da ideia. Então pensei que gostava de ter um gato de pequenino, comprar-lhe um cesto em forma de igloo como eles gostam e pôr-lhe um nome parvo como Siri ou Emile. Mas depois começam as dúvidas parvas: e se o homem dos meus sonhos é alérgico a gatos – (em todas as conversas de grupo há sempre alguém alérgico a gatos) – e da primeira vez que põe o pé cá em casa desata a espirrar e a inchar do pescoço e a pingar do nariz? E se vou parecer uma solitáriazona daquelas cheias de gatos em casa e quando dou por mim já tenho aqui uma colónia e nem consigo ver o meu chão que é tão bonito e de tábua corrida? E se me calha um gato daqueles que afia as unhas em tudo e lá se vai o meu sofá novo, que foi tão caro e por acaso até é feito naquele tecido que os gatos supostamente não gostam, mas nunca se sabe? É muito difícil. Ter ou não ter um gato, eis o novo dilema da minha vida. Mas se algum membro da minha família me está a ler, mais vale deixar já aqui por escrito que não me importava nada de ter um pequeno gato na árvore de natal este ano. Cinzento liso ou tigrado, já agora, que nunca tive nenhum desses. É que ficava logo o assunto resolvido.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Eu devia era imprimir a lista de que falei

Imprimi-la em papel reciclado, daquele mesmo rugoso que é quase cartão, pôr-lhe sal e pimenta e comê-la aos bocadinhos. Porque a chatice das listas é que de repente aparece uma pessoa que com uma perna às costas faz “check” a tudo menos num detalhezinho que é só o mais importante de todos: estar disponível.